Wednesday, February 22, 2006

vós que passam....


vós que passam pela minha rua de amargura, que envergam vestes brancas e imaculadas mas apenas aos olhos da sociedade,
vós que fazem do meu mundo o recôndito da loucura,que fazem das minhas horas cinzas queimadas plo fogo da minha verdade,
calem-se!ó reles mortais! deixem-me dar asas á minha suposta insanidade!
quando o mesmo vento que eu sinto arrastar estas palavras,
que nem anjos demoniacos voando,
vós que sorriem ficarão sem armas, e vossas vestes serão molhadas pelo vosso pranto....
chega de falsidade. não me perguntem se estou bem, se não querem ouvir a resposta.
eu calei a verdade, mas agora quero gritá-la do alto,da minha encosta...
nesta encosta de solidão,onde poucos conseguem chegar,
tenho de suportar-vos a fingirem se preocupar,
tenho de encarar a vossa falsa modestia...
nao quero continuar a ter de viver em tom de festa...
saiam do meu mundo, onde nunca deveriam ter entrado,
o vosso cheiro tornou-se nauseabundo
e tem vos a todos cercados...
vão morrer longe daqui, seus demonios vestidos de branco,
encontrem o vosso elixir,
reunam-se noutro canto...
mas deixem-me a mim de fora,
a mim e aos meus,
quero vos a todos daqui para fora,
vão morrer longe,vós que sois os filhos de deus!!!

1 comment:

BlueShell said...

apetece-me tanto, ás vezes, gritar assim...

Saudades de vir aqui.

Beijo, BShell