Monday, February 20, 2006

palavras...


sobre o silêncio, sobrevoavam palavras,
repetidas como um credo,
uma reza sem alma,
sem voz,
sem quereres,
sem julgamento,
e por fim sem armas,com que afastar o medo...
palavras comtempladas,
muralhas do meu mundo
alteram-me,baralham-me
e o corpo tornou-se surdo...
sabia não ter esperança
mas perder-se num momento de vida
era o provar de um sonho que não se teve.
palavras sobrevoam, como abutres sobre cadáveres,
pressentindo a morte,
desse sonho que as horas entoavam
mas como um momento estagnante..

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