Gritos que se perdem no ar... Tento falar mas desato a rir... A gargalhada.... No fim deixo um «é inútil» no ar...
Bato a porta e afasto-me de ti...
Param todos os relógios á minha volta.... A altura de encarar uma imagem no espelho que me devolve um olhar feroz de frustração... A lágrima chega quase sem anuncio... A porta está fechada, deixo-a correr silenciosa e ardente na minha face... Ela trouxe reforços multiplicam-se caindo no lavatório... O grito que sobe a garganta e sai em forma de urro abafado no meu antebraço esquerdo.... A crescente vontade de partir... A impotência para o fazer... abro a torneira deixo correr a agua enquanto observo o movimento que ela faz ao descer... Lavo a cara. fecho a torneira... aliviou o aperto por momentos... Deixo este compartimento com uma vontade de paz... Vou ate ao nosso quarto onde me dispo para vestir um pijama... teus passos aproximando-se... trazes contigo a pergunta de sempre... Posso falar?.... A angustia recomeça... minutos depois subiu o tom... No fim o travesseiro vai amparar novos reforços e abafar o urro no silencio da madrugada... onde deitado ao meu lado dormes num mundo tao longe do meu...
Sunday, September 29, 2013
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