Tuesday, February 06, 2007

Corre!


Vem, vem até mim e enterra de uma vez só esse punhal que trazes na mão já há tempo demais...

Não o faças nas minhas costas... vem e enterra-o no meu peito...

Depois não fujas a correr ... vê cada gota do meu sangue desenhar no chão a palavra ódio....

Vê-me cair ao chão largando gargalhadas de gozo,

agarrar-me ao peito , curar essa ferida que querias tanto e tão deseperadamente causar...

Feliz?...

Vou-me levantar, logo a seguir,

não me agrada cair...

mas se tive de cair para seres feliz,

para sentires paz,

tudo bem tou no chão...

mas o chão não me satisfaz....

agora corre... foge... para longe....

Vou pôr-me de pé....

corre... esconde-te... deixa-te ir na maré...

regressei do "hospital dos feridos de guerra"

a palavra de ordem é vingança...

corre... depressa... vai corre.........

em tempo de guerra quem não mata morre....

tu não matas-te ... magoas-te ... muito...

mas não matas-te...

por isso vai . Corre!...

estou de volta ,

na boca desilusão e sangue

nas mãos coragem e revolta...

na cabeça a sede de vingança...

planeio o ataque...

será duro...

não trarei punhais...

trarei a melhor arma de todas...

o meu ódio mais puro...

Vá , agora vai! corre!...

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