Tuesday, November 28, 2006

indiferente...


estou em estado de letargia,coma profundo que levou a minha alma e a minha capacidade de sorrir...
Sinto-me a implorar restos de amor, restos de tempo, restos de carinho,restos de ternura... ja os restos se esgotaram...ja nao ha ninguem a quem tenha sobrado um resto de atencao para s lembrar que estou aqui.... que existo...olho-me ao espelho e vejo um resto de mim propria... um resto de alguem que ja sorriu, ja lutou, ja retribuiu e ja amou...
cheguei a um ponto em que me comparo as pedras da calcada... que toda a gente pisa,suja,caminha sobre ela...mas quando chove queixam-se dos buracos que eles proprios causaram... buracos incomodos, que salpicam de lama a quem passa... eu ja fui uma calcada nova e util, que dava gosto de caminhar sobre ela, agora, gasta, corroida, enlamacada, sou deemasiado incomoda para me darem utilidade... preferm passar ao lado, a beira da estrada,ignorando a pobre calcada que um dia com tanto afinco usaram... e eu fico para aqui, a ve-los passarem me ao lado, clamando e erguendo as duas maos para que me VEJAM, nao que me olhem,mas que me VEJAM...mas enfim... continuam a passar ao lado... so mesmo a alegria das criancas que quando passam afundam os pezitos na agua,e saltam felizes correndo sobre mim, me fazem sentir que ainda estou deste lado da vida... mas as criancas vao crescer... e entao, sera hora de se construir novas calcadas... e ai deixarei de ser indiferente... passarei a memoria do que ja foi..

indiferente...

Friday, November 24, 2006


No meu quarto trancada ,imersa na escuridao...
Cheiro nauseabundo a putrefaccao impregnado em mim...
Oiço sons distantes, n sei se da rua se do ambiente familiar k s desenvolve ao meu redor...o qual olho distante, tento fazer a distancia encurtar,mas quando estendo a mao,parece k esbarra numa porta invisivel ao olho desarmado....
as horas que vao passando,voando,transformando em dias, semanas,meses,anos, levam gargalhadas que troçam de mim, afirmando bem alto que desperdicei as oportunidades de ser feliz....
e eu fico aqui,quietinha chorando baixinho, a espera k ninguem s aperceba,para nao ouvir perguntas,as quais nao quero responder para nao ferir susceptibilidades...
fico aqui,no canto mais escuro do quarto, limpando as minhas feridas, esperando por uma mao... uma mao que nao pedi,mas que desejo com tanta forca que ela me encontre... que perceba que preciso dela sem eu ter de dizer nada... complicada... eu... as xs nem a mim propria me entendo...
Mas enfim, daqui a pouco havera uma voz, que me chamará para jantar...
essa voz, parece-me familiar... quase que acredito que e a mesma voz que tantas vezes me acalmou enquanto criança...mas que se perdeu no meio das outras vozes todas, que tanto falam,tantas vezes emitem sons d gargalhadas mas que se me alhearam sem que eu percebesse....
Será a minha familia?... Não... Não pode ser... porque familia e aquele porto de abrigo para onde corremos quando nos magoamos...Não é?...
Estes seres já foram assim...Mas perderam-se nas paginas da vida... Agora fazem parte do bando de carniceiros que me rodeia, que tentam sempre tirar mais um pouquinho de mim.... mais uma ajuda,mais uma boleia,mais um desabafo que espera pelo meu ombro...mais... mais...mais....
e quando chega a noite... estao reunidos a mesa demasiado importantes para notarem em mim o meu pedido de socorro... o meu olhar vazio... aquela lagrima teimosa que me corre na face enquanto tento digerir aquelas colheres de sopa....
enfim, e bom ter familia!... ou NÃO?...

Sunday, November 19, 2006

so far away...(stabbing westward)


each night i feel the distance that has grown between us
open up as lonely as the space between the stars
i wish that i could find a way
to smash my fist right trough these walls
of ugliness and emptiness
and gently touch your face...
(chorus)
but everytime that i touch you
you feel so far away
and every time that you need me
i feel so far away...

as you lie silently beside me
choking back your tears
i wonder if you recognize the silence that defines us
desperately i try to fight this overwhelming sense
that i may never find the strenght to change
how hopeless we´ve became
(chorus)

(bridge)
we need to find a way to brake this silence
we need to find a way to brake this silence
we need to find a way to brake this silence
that´s between us
so i scream your name, i scream your name
i scream your name,i scream your name...


(chorus)
but every time that i touch you
you feel so far away
and every time that you need me
i feel so far away
and every time that you reach out
you feel me pull away
and every time that i touch you, i touch you,i touch you
you feel so far away...

Esta musica alem de ser uma das minhas preferidas,retrata precisamente o k sinto... ficou a letra... a desenhar pontos de interrogacao gigantescos e absurdos na minha cabeca...
Estou a precisar de desanuviar . Vou sair. Esta a chover. Vou ver se lavo a alma e o pensamento...Amanha sera um novo dia... Plo menos assim o espero... um novo dia igual a tantos outros de ontem,de hoje e de amanha...vou caminhar entre o silencio da rua molhada... pode ser k em vez de um ponto de interrogacao, eu desenhe em mim um ponto final...

Thursday, November 09, 2006


Se os meus olhos mostrassem tudo o que sinto em minha alma,
muitas pessoas ao verem-me sorrindo,
chorariam comigo...
Saberiam que os meus sonhos sao doces e felizes,ate acordar para viver o pesadelo que e a minha vida...
mas enfim...
Teimo em usar oculos de sol...

Thursday, November 02, 2006

Gritos mudos...


hoje apetece-me gritar a plenos pulmões que estou aqui, que nao sou perfeita...
aqui vai disto....

óh mundo cruel que tanto teimas em colocar-me num pedestal,
fica sabendo k tb choro lágrimas amargas de sabor a fel escondidas no meu discurso angelical...
que sou fraca e covarde e que escondo a minha dor dilacerante,
na capa de mulher e amiga perfeita que nao sabe ser errante...
estou esgotada! nao sei mais que fazer,apetece-me fazer-m a estrada, sem deixar marcas para nao saber voltar atras...
sinto-me meio pedrada, parece que estou a viver uma vida que nao e minha,que e ironicamente de amor e paz...
tudo o que eu desejava ter,em sua plena virtude e REAL...mas nao tenho...
apenas este teatro reles, onde actuo bem demais ate...
onde sorrio, falo calma e sabiamente,onde todos me veem como boa conselheira, boa ouvinte,boa filha, boa amiga, boa amante...
mas nao passo de boa actriz...
desempenhando ironicamente o papel de mulher feliz...
ate quando ? nao sei....
como me libertar desta maldição que aceitei de bom grado?...
mas que agora me consome, e limita-me a uma vida sem que eu decida se sou feliz ou nao...
apenas porque todo o mundo aplaude esta peça injusta e tirana,
estou presa a algo que me atormenta e me deixa insana...
mas apenas quando estou so....


ok... sorriso... respirar fundo...acalmar o tom de voz...


ja esta... tenho de atender o telemovel....


ja gritei... mas ninguem ouviu...